Expectativa
Obra na Espírito Santo vai melhorar em 50% a drenagem do Laranjal
Casa de bombas está com novo equipamento e deve receber um segundo capaz de bombear dois mil litros de água por segundo no próximo ano
Gabriel Huth -
As obras na avenida Espírito Santo, no Laranjal, devem melhorar em cerca de 50% a drenagem dos balneários e amenizar a situação de alagamentos, pois em paralelo o Sanep adquiriu equipamento dez vezes mais potente para a casa de bombas. A previsão é de que o projeto todo seja concluído em abril de 2018, seis meses a contar de outubro, quando houve aditivo de contrato devido à interrupção dos trabalhos para a realização da parte referente ao Sanep. No próximo ano deverá ser licitada a compra de uma segunda bomba, com uma capacidade ainda maior.
O diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, informa que o projeto está em fase de elaboração, mas quando colocado em prática deverá melhor e em muito a situação de drenagem no Laranjal, onde a casa de bombas existente era a única de Pelotas com apenas um equipamento e capacidade para bombear 35 litros por segundo. A nova e já instalada bombeia 350 litros por segundo e a que vai ser licitada em 2018, que será a titular, poderá bombear dois mil litros de água por segundo.
Garcia explica que quando a prefeitura realiza melhorias em uma rua, a via passa a sofrer com o aumento de trânsito e geralmente de veículos pesados. Quando a pavimentação é nova o Sanep tenta substituir a rede de água, como no caso da avenida Espírito Santo, onde está sendo feita inclusive a espera nas calçadas para ligações de esgoto das residências.
A ideia é licitar a compra da segunda bomba para o Laranjal no início do ano. Com isso, cada vez que um equipamento danificar, terá outro para substituição até o conserto. O que acontece até hoje é que, com uma bomba só, cada vez que ocorre alguma avaria, o Sanep tem de correr atrás de equipamento para colocar no Laranjal, o único lugar da cidade que tem apenas um.
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O atraso
A obra na avenida Espírito Santo iniciou em 10 de abril e deveria ter sido concluída em final de outubro. Começou juntamente com a da avenida Ildefonso Simões Lopes, sendo cada uma orçada em mais de R$ 4 milhões. Os recursos que totalizam mais de R$ 8 milhões são relativos às duas obras, licitadas juntas, informa o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales.
Tiveram uma parada para adaptação do projeto, pois não estava incluída a drenagem da rua 29. A alteração foi feita em conjunto com o Sanep e teve o objetivo de melhorar a drenagem. A fase atual é de retirada de tubos de 80 centímetros para colocação de duas linhas de aduelas de 1,50 metro por 1,50 metro e assim ficar com três metros por 1,5 metro a tubulação e cumprir com a finalidade de propiciar o escoamento da água.
Redes com tubos de 600, 800 e mil milímetros de diâmetro passarão sob o calçamento das duas pistas e substituirão a antiga, que está obstruída por raízes e aterro, localizada embaixo do canteiro central, no trecho onde o canal é fechado. Na parte onde o canal é aberto, as travessias dos entroncamentos da Espírito Santo com as ruas Farroupilha, Marau e avenida Senador Joaquim Augusto de Assumpção já estão prontas. Os novos tubos passam por processo de envelopamento, que consiste no cercamento e cobertura de concreto, para evitar danos provocados pelo trânsito nas pistas.
Pavimentação
Em alguns pontos, a avenida parece ter deixado de existir, em razão dos serviços de drenagem. A obra não para e em apenas uma quadra é possível ver operários, dois tratores e dois caminhões. Boa parte da via já recebeu pavimentação com blocos intertravados nas duas pistas. Está prevista drenagem nova em toda a extensão da avenida e travessias. Na rua 29 a obra está mais acelerada do que na avenida Espírito Santo, salienta o secretário. O próximo serviço é a reformatação do canal da Espírito Santo.
Morador há 32 anos na via em obras, o aposentado Sérgio Augusto Pereira, 71, disse que sempre ouviu falar de pavimentação naquele local, o que nunca aconteceu. Ex-proprietário de restaurante no mesmo local, relata que sofreu com o pó que invadia o estabelecimento. "Jogo as mãos para o céu por essa obra, que está sendo muito bem feita", diz.
Para a veranista Heloisa dos Santos, assistente social, 54, apesar de acordar mais cedo por causa do barulho das máquinas, entende se tratar de "um mal necessário". "Causa mudanças para todos, infelizmente, mas é para o bem de todos", comenta. O também aposentado Rubens Silva, 72, reside há 17 anos na avenida Espírito Santo e fala nunca ter perdido a esperança de ver essa obra um dia.
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Mas o benefício chegou quando colocou a casa à venda. Os filhos casaram e o imóvel ficou muito grande para ele e a mulher. Está à procura de um apartamento na cidade. Logo, não vai desfrutar das melhorias. Ainda assim entende que virá em benefício de todos, sobretudo de quem reside naquela via e sofre com a constante poeira. Observa ser uma uma avenida de trânsito pesado, trajeto de ônibus e em época de veraneio é utilizada como saída para a cidade, tendo em vista que a avenida Antônio Augusto de Assumpção Júnior (a da praia) fica muito congestionada.
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